sábado, 28 de abril de 2012

Mortalidade infantil cai quase pela metade em dez anos


Mãos de bebê e adulto




O número de óbitos de crianças menores de 1 ano passou de 29,7 para 15,6 mil nascidas vivas, uma queda de 47,6%
O IBGE destaca que a queda da mortalidade infantil está ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher
Rio de Janeiro - Dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a mortalidade infantil caiu quase pela metade entre 2000 e 2010.
Os resultados gerais da Amostra do Censo 2010 constatam que o número de óbitos de crianças menores de 1 ano passou de 29,7 para 15,6 mil nascidas vivas, uma queda de 47,6%.
Entre as regiões do país, o Nordeste registra a queda mais expressiva da mortalidade infantil. No período, o índice passou de 44,7 para 18,5 óbitos para cada mil crianças. Porém, ainda é o nível mais alto no país. O menor índice é o do Sul, de 12,6 mortes.
De acordo com a pesquisa, os principais fatores responsáveis pela queda do indicador são as políticas de medicina preventiva, curativa, saneamento básico, programas de saúde materna e infantil, além da valorização do salário mínimo e dos programas de transferência de renda.
O IBGE também destaca que a queda da mortalidade infantil está ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e 2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a maior, no Norte, 2,47.
Segundo o órgão, dessa forma, a taxa de fecundidade no Brasil está abaixo do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), que garante substituição das gerações na população.


 Fonte: Revista Exame (abril/2012)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

II Roda de Conversa com a Atenção Primária da AP 1.0


No dia 20 de março de 2012 realizou-se a II Roda de Conversa com a Atenção Primária da AP 1.0, no Auditório 2 do OTICS - Centro. O evento contou com representantes das unidades CMS José Messias do Carmo, ESF Fernando A. Braga Lopes, CMS Oswaldo Cruz, CMS São Francisco de Assis, CMS Ernesto Zeferino Tibau Jr., CMS Ernani Agrícola, ESF de População em Situação de Rua.

A ideia girou em torno de trazer as análises dos óbitos realizadas pela Comissão de Mortalidade Materna e Infatil da AP 1.0, traduzidas para o grupo de discussão, como ferramento na melhor qualidade de assistência a mulher no planejamento familiar, com suporte teórico atualizado. Isto proporcionou o grupo discutir o que se entende como conduta protocolada, e o que realmente se pratica.

A Roda de Conversa é produto do diagnóstico da situação da saúde da AP 1.0, no que tange o óbito materno e infantil da área. Para esta roda, primeira deste ano, a temática esteve relacionada aos Direitos Reprodutivos da Mulher na Redução do Óbito Materno, Infantil e Fetal. Para motivar a roda, a Profª Drª Adriana Lemos, da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto - UNIRIO, doutora pelo IMS sob esta temática, conduziu e motivou o debate.

domingo, 22 de abril de 2012

Município amplia cobertura do Cegonha Carioca em comunidades pacificadas

Atenção às grávidas cariocas será reforçada com abertura de três maternidades
As futuras mamães do Chapéu Mangueira/Babilônia (Leme), Santa Marta (Botafogo), Vidigal (São Conrado) e Vila Canoas (também em São Conrado) terão direito a transporte e assistência no momento de dar à luz. Estas ações fazem parte do Projeto Cegonha Carioca, que foi expandido para as Comunidades Pacificadas da Zona Sul do Rio


Com a ampliação do serviço, 38 bairros da cidade passam a contar com os veículos, que já realizam este tipo de atendimento na Rocinha, Santa Cruz, Sepetiba, Paciência, Complexo do Alemão e a região de Madureira e adjacências.
Com investimento total de R$ 17 milhões, o Programa Cegonha Carioca é um projeto pioneiro e já beneficiou mais de 700 gestantes. Até o fim deste ano, o transporte será levado para toda a cidade, beneficiando mais de 50 mil gestantes por ano, que, além de poder contar com as ambulâncias, receberão enxoval completo se fizerem todos os exames de pré-natal durante a gravidez.
De acordo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. “É fundamental que as grávidas façam os exames de pré-natal. Por isso, oferecemos toda essa estrutura às futuras mães, para que tenham seus filhos com total segurança e atendimento de qualidade”, disse. “O kit que distribuímos nada mais é do que uma forma de recompensar as mães que cuidam da saúde de seus bebês. Portanto, trata-se de um programa que tem relação direta com a saúde e muito a ver com o respeito”, completou.
Paes informou que este trabalho se consolidará ainda mais com a abertura das três novas maternidades da cidade: no Hospital Pedro II, em Santa Cruz; ao lado do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro; e no Hospital da Mulher, em Bangu.
No programa, as gestantes realizam o pré-natal em unidades da rede básica municipal, recebem o Passaporte Cegonha, onde fica registrada a maternidade de referência para a realização do parto. Na hora do nascimento do bebê, fazem o deslocamento em uma ambulância exclusive do programa. Após o nascimento, as fotos dos recém-nascidos nas maternidades municipais podem ser acessadas no site da Prefeitura do Rio (www.rio.rj.gov.br). Amigos e familiares podem obter informações como peso, altura, data e horário do nascimento.
Segundo a prefeitura, as taxas de mortalidade infantil caiu de 13,6 para 12,7 mil nascidos vivos e a materna de 71,1 para 51,9 por cem mil nascidos vivos, entre 2009 para 2010. A cidade do Rio tem, em média, 80 mil nascimentos por ano. Destes, 70% são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Fonte: Correiro do Brasil (17/04/2012)

Pobreza e Fome: Alerta na Redução do Óbito Materno e Infantil


Os altos preços dos alimentos arruínam as chances de cumprir metas ambiciosas, como reduzir pela metade a pobreza extrema e a fome em todo o mundo até 2015, alertou um relatório publicado nesta sexta-feira pelo Bird (Banco Mundial) e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

os aumentos recentes nos preços internacionais dos alimentos paralisaram várias Metas de Desenvolvimento do Milênio, programa internacional estabelecido no ano 2000 pelas Nações Unidas, destacou o informe.

O mundo em desenvolvimento está "seriamente atrasado" com relação às metas relacionadas com a comida e a nutrição, e as taxas de mortalidade materna e infantil ainda são inaceitavelmente altas, alertou o documento, intitulado Relatório de Monitoramento Global.

Como resultado, o relatório destacou que 1,02 bilhão de pessoas provavelmente ainda estarão vivendo em pobreza extrema em 2015.

"Preços dos alimentos altos e voláteis não permitem prever o cumprimento de muitas metas do milênio, uma vez que corroem a capacidade de compra do consumidor e impedem que milhões de pessoas escapem da pobreza e da fome, além de ter impactos adversos de longo prazo sobre a saúde e a educação", afirmou Justin Lin, economista-chefe do Banco Mundial.

No ano 2000, as Nações Unidas estabeleceram um prazo de 15 anos para alcançar as metas de reduzir à metade da pobreza extrema, melhorar a saúde e a educação, bem como fomentar a capacitação das mulheres no mundo em desenvolvimento.

O relatório destacou que o mundo está muito longe do caminho que permitirá reduzir taxas de mortalidade materna e de crianças até os cinco anos de idade e que não conseguiria cumprir estas metas até 2015.

O avanço mais lento tem sido na redução da mortalidade materna, onde apenas um terço da meta foi alcançado.

A redução da mortalidade infantil e de crianças nos primeiros anos de vida teve avanços de apenas 50% no cumprimento da meta.

A boa notícia é que as metas relacionadas com a redução da pobreza extrema e o acesso à água potável foram alcançadas com muitos anos de antecedência, e os objetivos relativos à educação e à proporção de meninas e meninos frequentando as escolas estão a caminho de serem cumpridas.

Mas no que diz respeito à nutrição, o documento pediu aos países para criar medidas que os tornem mais resistentes às altas nos preços dos alimentos.

Os países deveriam usar políticas para encorajar fazendeiros a aumentar a produção e fazer uso de redes de segurança social para fortalecer as políticas nutricionais para impulsionar o desenvolvimento infantil.

Além disso, as políticas comerciais deveriam incentivar o acesso aos mercados de alimentos, reduzir a volatilidade dos preços da comida e estimular ganhos de produtividade.

No entanto, a redução do ritmo da economia global e a crise financeira na Europa têm tornado difícil para os países em desenvolvimento reagir à carestia dos alimentos.

"A frágil economia global pode muito bem reduzir o avanço dos países em desenvolvimento rumo a metas de desenvolvimento humano", disse Hugh Bredenkamp, vice-diretor do Departamento de Estratégia, Políticas e Revisão do FMI.

Embora os preços dos alimentos tenham caído em relação às altas de 2011, o custo das commodities continuou alto e volátil, "uma grande preocupação" no Oriente Médio e no norte da África, região que é a maior importadora mundial de trigo, destacou o relatório.

O documento destacou que as altas nos preços dos alimentos desde 2007 contribuíram para os levantes da Primavera Árabe.

Enquanto isso, os fluxos de ajuda parecem ter diminuído, à medida que grandes países doadores tiveram que fazer um controle maior em seus orçamentos em face da redução do ritmo global. Com base em planos de doação reportados entre 2011 e 2013, o desenvolvimento da ajuda estrangeira deve cair 0,2% ao ano, em média.

"Claramente, a assistência precisa ser alavancada em novas formas se quisermos melhorar a segurança alimentar e a nutrição, particularmente entre os pobres e vulneráveis", disse Jos Verbeek, economista chefe do Banco Mundial.

8 de março - Dia Internacional da Mulher


Postagem atrasada, pela demora no envio das fotos, mas ainda vale a pena mostrar e ressaltar a presença da DVS por Mercedes Neto, e da DAPS por Roberta Landim, da CAP 1.0, no evento que ocorreu na UERJ no dia 8 de março de 2012, Dia Internacional da Mulher. A SMSDC - RJ participou por meio da Gerência de Informação Epidemiológica - Marina Carvalho. O tema foi "Violência contra Mulher", e a discussão direcionou para ações que município, estado e o governo federal têm trabalhado para esta questão.