
Em São Paulo, de acordo com estimativa da Polícia Militar, 700 pessoas participaram da manifestação. A concentração aconteceu na Praça do Ciclista, no canteiro central da Avenida Paulista, próximo à Rua da Consolação. A manifestação percorreu toda a Rua Augusta, até a Praça da República.
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A passeata foi marcada pela irreverência de grande parte das participantes, que desfilaram usando roupas íntimas e até mesmo nuas da cintura para cima, com o corpo coberto por pinturas e palavras de ordem: “Livre!”, “Liberdade” etc. Outras usavam roupas consideradas provocantes.
O ato foi pacífico. Só no Rio, houve uma confusão entre os manifestantes e a Guarda Municipal, que logo foi resolvida. Segurando cartazes a favor do aborto e contra o machismo, cerca de mil manifestantes marcharam na orla de Copacabana, segundo estimativa dos organizadores. A PM estimou em 400.
De acordo com a historiadora Gabriela Alves, que auxiliou na organização em São Paulo, o movimento não teve uma liderança centralizada e os participantes foram mobilizados pelas redes sociais.

Mesmo em minoria, era possível ver alguns homens no protesto. Felipe Pessoa, pesquisador, disse que participou da marcha porque a sociedade ainda tem valores machistas que são repressores até para o homem. “O homem tem que ser o machão, o pegador, e o feminismo vem libertar o homem desse modelo. Tanto a mulher deve ser respeitada e ter liberdade quanto o homem, que pode ser delicado e ter sensibilidade”.
No Rio, as integrantes do movimento, usando pouca roupa e maquiagem chamativa, cantavam slogans como “eu só quero é ser feliz, andar tranqüilamente com a roupa que escolhi, e poder assegurar, de burca ou de short, todos vão me respeitar” ou ainda “a nossa luta é por respeito, mulher não é só bunda e peito”.
Uma das organizadoras da marcha no Rio, Jandira Queiroz, disse à Agência Brasil que o objetivo dos protestos é chamar a atenção nacional para “um fenômeno muito negativo na nossa sociedade, que é o tamanho da violência sexual no país”.
Com Agência Brasil
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